sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Ampulheta

Uma carruagem passou feroz por mim, levantando a poeira no deserto e tinha seu cheiro nos grãos de terra. Um slide se projetou e eu te via sorrir e dançar. Eu estava perdido em ti. Era sua música, seu toque, sua poeira. Eu não existia. Eu era seu espaço, sua dança. Sua poeira grudava em meus poros suados. Você não saia de mim, não me deixava existir. Por onde corria era seu perfume que eu sentia. Agonizei até uma fina garoa começar a cair

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Thiago Bertotti.


Um comentário:

Agnes disse...

Nossa, muito profundo seu texto, faz pensar num amor extremamente intenso e arrebatador.
Vc escreve bem sobre os sentimentos, visite meu blog depois :D
http://s2ois.blogspot.com/