terça-feira, 30 de agosto de 2011

Carta atrasada, mas de amor.


Hoje eu lembro e meu coração se parte por tê-lo deixado. Poderíamos ter vivido uma grande história. Eu ainda recordo sua voz, ali no canto do meu ouvido, enquanto você choramingava e dizia que era sincero e que eu precisava tomar jeito. Ainda hoje eu sinto sua respiração quente, mesmo tendo a ignorado antes.
Eu, imaturo, preferi seguir os falsos sonhos. Saia para rua e ia procurar meu whisky e outras pessoas. Quantas vezes você me recolheu de braços que não eram os seus e ainda assim cuidava de mim como se eu fosse seu menino? Que menino ingrato eu lhe fui.
Hoje queria vê-lo, saber se está bem e depois te abraçar por um longo tempo. Eu sempre soube que eu não prestava e nunca imaginei que sentiria saudade de ver seu carro na esquina quando eu saia da balada rindo com os amigos.
Você chegou a me dar tantas provas. Mas, a imaturidade me fez desviar de você e nossas vidas seguiram diferentes.
Hoje eu apenas posso pensar em você e na vida tranquila que deve ter. Certamente deve estar com outro alguém que te deu o que eu não pude te dar no passado. Eu não imagino outro final para alguém que, hoje, eu vejo como adorável. Isso me machuca, mas espero que esteja bem e que um dia me mande mais uma carta de amor. Agora sou eu que as espero sentado para a janela com a velha dose na mão. Eu ouço o disco que você me deu quando fiz 19 anos. Perdoe-me.