sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Lua e Flor.

Eu não sei nada. Só sei que ouço essa poesia musicada, que, por ora, invade meu ser e transforma tudo em sentimento, em grito, em vontade de me expressar, de me calar, de escrever.

Está tarde agora, para muitos, muito tarde. As luzes das casas estão apagadas. Dormem – uma pena não poderem ouvir essa canção.

Canção de passado. Passado, todo passado – já cheirando mal.

Canção de presente. Presente de ser. Completude, inquietude, desejos.

Canção de futuro. Tão incerto quanto a próxima palavra.

Se soubesse como te encontrar. Não procuraria, correria. Eu sei, faltou coragem. Culpa do passado, que está passado.

O ser humano é engraçado, ou será que sou só eu? Às vezes os sentidos se afloram e tudo é diferente, tudo é calmo e forte. Tudo é vida!

Eu amava no coração. O dia amanhece lento. Cores fracas que aos poucos ficam fortes. Quero ser assim - comecei fraco, fraco ainda sou, mas quero ser forte. Forte o suficiente pra romper as barreiras e me tornar cor, cor forte.

Quero cor forte, para ter mais momentos assim. Puro eu. Nu. Cru. Vivo. Só me falta à brisa fresca pra balançar o mensageiro do vento pendurado na janela - sempre aberta - e misturar o som do mundo lá fora com a canção que rege o momento. Um dia há de nada faltar, e tudo será compreendido.

Thiago Bertotti. 

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