terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Last Time

Fique mais um pouco, olhe pra mim, lembre-se da nossa história. Aproxime-se. Despeça-se; beije-me pela última vez e me molhe com seu suor. Não temos mais linhas é o ponto final, não três.

Olhe-me por mais alguns minutos. Sirva-me mais uma dose. Dance comigo pela sala. Toque-me. Essa é a nossa última vez, não temos mais linhas. É o ponto final, mas eu quero três.

Eu prometo deixa-lo ir sem pausa. Coração, não me traia agora. Eu só preciso de uma última dança, eu preciso de mais uma dose da nossa insanidade. Eu e você; é nossa última vez. Ponto final...

Thiago Bertotti.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Todo corpo quente fica frio e se acostuma

Mais tarde eu estarei fora dessas linhas e não precisarei do seu afago

Sangue por sangue; derramarei e sobreviverei

Não é um ritual de vida; é ciclo

Eu não preciso deixa-lo ir, você achará o caminho

Despretensioso ciclo: vermelho e azul

Thiago Bertotti.

domingo, 11 de setembro de 2011

Observação pretensiosa:

A fotografia é um registro de luz de todos os livros que lemos, filmes que vimos e emoções que sentimos ao longo da vida. O fotografo sempre deixa um fragmento seu juntar-se a imagem que está sendo capturada.

Thiago Bertotti.

Flickr: http://www.flickr.com/photos/thiagobertotti/

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Carta atrasada, mas de amor.


Hoje eu lembro e meu coração se parte por tê-lo deixado. Poderíamos ter vivido uma grande história. Eu ainda recordo sua voz, ali no canto do meu ouvido, enquanto você choramingava e dizia que era sincero e que eu precisava tomar jeito. Ainda hoje eu sinto sua respiração quente, mesmo tendo a ignorado antes.
Eu, imaturo, preferi seguir os falsos sonhos. Saia para rua e ia procurar meu whisky e outras pessoas. Quantas vezes você me recolheu de braços que não eram os seus e ainda assim cuidava de mim como se eu fosse seu menino? Que menino ingrato eu lhe fui.
Hoje queria vê-lo, saber se está bem e depois te abraçar por um longo tempo. Eu sempre soube que eu não prestava e nunca imaginei que sentiria saudade de ver seu carro na esquina quando eu saia da balada rindo com os amigos.
Você chegou a me dar tantas provas. Mas, a imaturidade me fez desviar de você e nossas vidas seguiram diferentes.
Hoje eu apenas posso pensar em você e na vida tranquila que deve ter. Certamente deve estar com outro alguém que te deu o que eu não pude te dar no passado. Eu não imagino outro final para alguém que, hoje, eu vejo como adorável. Isso me machuca, mas espero que esteja bem e que um dia me mande mais uma carta de amor. Agora sou eu que as espero sentado para a janela com a velha dose na mão. Eu ouço o disco que você me deu quando fiz 19 anos. Perdoe-me.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

(8)

Eu quero gritar essa música na chuva, enquanto as suas lembranças aquecem meu peito. Eu quero sentir os pés se encharcando, o arrepio subindo – como quando você beija o meu pescoço. Eu quero cantar na chuva o nosso amor, quero eternizá-lo, obrigá-lo a se manter vivo; em ciclo: chovendo, evaporando, molhando.

Nosso amor dará firmeza às raízes das árvores mais altas e as flores dos jardins modestos. Matará a sede. Será suficiente para limpar o ar, trazer mais perfumes.

Eu quero gritar seu nome, enquanto nosso amor me molha. A chuva gelada me queima.

Thiago Bertotti.

Mas eu ateei fogo à chuva,

E fiquei vendo ela cair enquanto eu tocava seu rosto,

Quando ela me queimou, bem, eu chorei,

Porque eu a ouvi gritando seu nome, seu nome!